Adaptações das Plantas Aquáticas
A capacidade das plantas em se modificar em resposta às condições ambientais é conhecida por plasticidade fenotípica (Sultan, 2003; Valladares et al., 2006).
As modificações estruturais que as plantas sofrem para se adaptar aos diferentes habitat aquáticos é observada nos órgãos vegetativos das plantas: caules, raízes e folhas (Mazutani & Kanaoka, 2018).
Características como sistema vascular reduzido e presença de aerênquima são comuns em caules e raízes; além das células esclerenquimáticas pouco lignificadas (Scremin-Dias, 1999).
Nas folhas além do aerênquima, pode se indicar como adaptação a presença de parênquima clorofiliano associado a superfície adaxial; bem como a presença de tricomas hidrofóbicos, estômatos apenas na superfícies adaxial ou hidropótios para remoção de excesso de água do interior da folha.
No caule submerso de Henteranthera seubertiana, o caule apresenta sua maior área preenchida pelo aerênquima, o sistema vascular é reduzido e as células pouco lignificadas.
Na raiz de Eleocharis acutangula, observa-se aerênquima lisógeno tangencial e sistema vascular reduzido.
Na folha flutuante de Nymphaea pulchella, a presença de aerênquima possibilita a flutuabilidade da folha e o parênquima clorofiliano na superfície adaxial é uma adaptação para o ambiente aquático.